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ARTIGO DO JOSÉ AMÉRICO

Insinuação da mídia contra o PT silencia contrato de Kassab com Fundação de Brasília
por José Américo*

O JN da TV Globo veiculou no último sábado (23/02) uma reportagem com base em artigo da revista Época com acusações contra uma fundação, a FINATEC, vinculada à Universidade de Brasília. A abertura da matéria trazia algo como prefeituras do PT investigadas por contratos irregulares com fundação. No meio da reportagem apareceu – como por acaso – o prefeito Kassab afirmando que, em 2005, havia determinado a suspensão dos contratos da administração anterior com a FINATEC por considerá-los de natureza duvidosa. Em seguida, o vereador Antonio Donato (PT), que foi secretário das subprefeituras na gestão de Marta Suplicy, perguntou que, se a FINATEC fosse uma empresa inidônea, por quê a administração Kassab havia firmado com ela um contrato em 2007?Conclusão: a FINATEC teve contratos assinados com prefeituras do PT, do DEM, do PSDB e de outros partidos (mas só se falou do PT). O prefeito Kassab foi ouvido pelo Jornal Nacional e manifestou sua estranheza. Mas o JN nada perguntou sobre o contrato da própria prefeitura de Kassab com a FINATEC, revelado pelo vereador do PT. Provavelmente, o JN nem sabia da existência desse contrato antes da revelação do vereador Donato, pois a reportagem foi inspirada no artigo da revista Época, que também ignorou este fato.Segundo me disse um amigo que freqüenta altas rodas da Prefeitura, Kassab e Serra estão irritados com a atuação de Andrea Matarazzo neste episódio, por não tê-los avisado que a FINATEC havia sido contratada pela prefeitura em 2007. Quem plantou esta notícia deve ter pensado que, sonegando este “detalhe” aos jornalistas da Época, a questão passaria despercebida.A Folha de São Paulo de sábado (23/02) também repercute a matéria, novamente anunciando o PT na manchete, mas sem mencionar que a FINATEC tem contratos com outras prefeituras que não são do PT, em particular, a Prefeitura de São Paulo, na gestão do prefeito Kassab. No tratamento da Folha, a reportagem da revista Época e as amplas afirmações do próprio prefeito Kassab constitui “um lado”, o do jornal, que ilustra a página com foto de Marta Suplicy. O “outro lado”, é representado por Antonio Donato, do PT, assim como outras prefeituras que assinaram contratos com a FINATEC e que também foram ouvidas pelo jornal. A única administração que não aparece e não é questionada sobre contratos assinados por ela com a FINATEC é a Prefeitura de São Paulo sob administração demo-tucana. Mas a Folha sabia desde o dia anterior que o contrato da FINATEC com a administração Kassab existia. Ouviu no JN ou leu na nota do vereador Antonio Donato que afirma:“A Finatec foi contratada de forma legal e transparente. Desenhou as estruturas das subprefeituras que passaram a incorporar funções de outras secretarias. Na Prefeitura, há documentos que comprovam a prestação dos serviços.Seria de estranhar que a gestão Kassab contratasse a mesma Finatec, como ocorreu em 2007, se fosse constatada alguma irregularidade em contratos anteriores.Além disso, nunca fui ouvido pela Corregedoria da Prefeitura, nem ninguém da minha equipe, para esclarecimentos sobre qualquer apuração em curso.A Corregedoria foi criada pela atual administração como um órgão sem autonomia, subordinada à Secretaria de Governo, cujo titular é homem de confiança do PSDB.A aproximação da eleição deste ano é, no meu entender, o único motivo que pode justificar qualquer inclusão do contrato da Finatec na gestão anterior com as denúncias envolvendo a fundação em outras situações.São Paulo, 23 de fevereiro de 2008.Antonio Donato.”Ninguém é bobo e a Folha de São Paulo muito menos. Por isso, vou reiterar a conclusão do meu artigo, agora acrescido de mais este “episódio” da campanha contra o PT em São Paulo, reproduzido anteriormente.“utilizando suas estreitas relações com alguns meios de comunicação, Serra, secundado por Andrea Matarazzo, tenta montar uma nova campanha de calúnias contra Marta Suplicy, retomando os ataques do começo de 2005.As decisões judiciais que deram ganho de causa à Marta Suplicy, ante as acusações sem fundamento dos tucanos, está entre os motivos desta nova tentativa. Mas a razão principal é tentar melhorar os resultados de Kassab nas próximas pesquisas, em detrimento do nome da Marta, que por enquanto nem é candidata . A idéia por traz desta movimentação, ressuscitando ataques, insinuações, acusações, processos etc., é tentar se contrapor ao argumento dos alckimistas de que só o ex-governador pode impedir uma vitória do PT no pleito municipal. O objetivo é criar condições para que Kassab possa estar no mesmo patamar de Alckmin.Os primeiros elementos da retomada da ofensiva Serra/Matarazzo/Kassab contra Marta aparecem claramente na recusa de quase toda a mídia (salvo a Folha que deu 3 linhas no Painel) de noticiar a decisão do STF que considerou inobjetáveis juridicamente as decisões do TCM e da Câmara de vereadores de São Paulo em relação as contas de Marta Suplicy na prefeitura. O STF reconheceu que a ex-prefeita, nos seus quatro anos a frente da Prefeitura, cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal e não deixou dívidas sem que houvesse valor correspondente em caixa para a sua quitação. Ou seja, uma condenação clara da campanha de calúnias e ataques realizada por Serra e pelo PSDB, com amplo respaldo na mídia, em 2005. Nem uma palavra sobre esta decisão do STF no Estadão, no Globo, na TV, no JT, e apenas 3 linhas na Folha de São Paulo.A conspiração do silêncio sobre esta decisão do STF foi seguida pela publicação, esta sim em todos os jornais, da existência de um velho inquérito sobre o sistema de comunicação 156 que passou do âmbito do MP Estadual ao STF, por conta do fato de que tanto Serra como Marta só podem ser julgados nessa instância, por se tratar de governador e ministra, respectivamente. Nos próximos dias veremos seguramente pipocar novos episódios desta ofensiva que tem por objetivo, volto a repetir, tentar ganhar alguns pontos para Kassab na disputa com Alckmin.”* José Américo, jornalista, é vereador e presidente do PT do município de São

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