Rebelião no Ceará mata 10 detentos 48 horas após chacina em
forró Polícia investiga a relação entre os casos; Estado realizou
transferências na unidade 358
FORTALEZA - Um ataque promovido por detentos da Cadeia
Pública de Itapajé, pequena cidade a duas horas e meia de Fortaleza, no Ceará,
terminou com dez mortos a tiros e facadas na manhã desta segunda-feira, 29.
Segundo familiares dos presos e agentes penitenciários, os mortos seriam da
facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e teriam sido
assassinados ainda em decorrência da chacina que matou 14 pessoas em Fortaleza
na madrugada de sábado.
Dez presos são mortos durante briga de facções rivais no
Ceará Em Itapajé, os detentos ligados a facções criminosas ficam separados em
celas, sendo duas para o CV e outras duas para o PCC.
A Polícia Civil ainda investiga como as armas entraram no presídio, que teria 85 detentos. Dois revólveres calibre 38 foram apreendidos e seis internos, com idades entre 19 e 26 anos, suspeitos de terem cometido os crimes, foram interrogados ainda nesta segunda. O governo do Estado decidiu transferir 44 presos de Itapajé para presídios na região metropolitana de Fortaleza - o complexo de Itaitinga, na Grande Fortaleza, abriga a maioria dos líderes das quatro facções que atuam no Estado - além do PCC, há ainda a Guardiões do Estado (GDE), apontada como executora da chacina, o Comando Vermelho (CV), alvo do ataque do sábado, e Família do Norte (FDN), do Amazonas, que seria aliada ao CV.
A Polícia Civil ainda investiga como as armas entraram no presídio, que teria 85 detentos. Dois revólveres calibre 38 foram apreendidos e seis internos, com idades entre 19 e 26 anos, suspeitos de terem cometido os crimes, foram interrogados ainda nesta segunda. O governo do Estado decidiu transferir 44 presos de Itapajé para presídios na região metropolitana de Fortaleza - o complexo de Itaitinga, na Grande Fortaleza, abriga a maioria dos líderes das quatro facções que atuam no Estado - além do PCC, há ainda a Guardiões do Estado (GDE), apontada como executora da chacina, o Comando Vermelho (CV), alvo do ataque do sábado, e Família do Norte (FDN), do Amazonas, que seria aliada ao CV.
Além das armas, a polícia aprendeu munições, celulares e
drogas. Três outros presos ficaram feridos e foram transferidos para hospitais,
e permaneciam em observação.
Ambulante morto em chacina gravou vídeo minutos antes de ser
executado, o tiroteio teria tido início pouco depois das 8 horas. “As pessoas
nas ruas não ouviram os tiros. Ontem (domingo, 28), tinha tido visita, normal,
não estava tenso nem por causa da chacina. Aí, de manhã, começou a espalhar a
notícia. Primeiro, disseram que tinha sido uma invasão. Depois, que foi entre
eles mesmos”, disse uma mulher, na porta do presídio, que pediu para não ser
identificada e tem um primo preso.
Carro, supostamente usado pelos autores da chacina no Forró
do Gago, no bairro Cajazeiras, é encontrado pela polícia queimado.
Nove das vítimas morreram ainda dentro da cadeia. O décimo
morto chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas não resistiu. Vídeo e
fotos que circulam na cidade mostram mortos no pátio interno da cadeia e dentro
das celas, com as marcas de tiros.
A Polícia Militar enviou unidades especiais para a cidade.
“O que mais tem aqui é facção. Toda a bandidagem é de uma", contou um
rapaz que se identificou como primo de um dos mortos, Alex Alan de Souza Silva,
que tinha 19 anos e seria ligado ao PCC e foi preso por roubo e associação
criminosa.
As autoridades cearenses não confirmaram as facções dos
mortos nem se o crime era resultado da disputa entre elas. Em nota, a
Secretaria Estadual da Justiça, informou que “as investigações permanecem no
intuito de descobrir a motivação das mortes”.
“O PCC e o GDE eram aliados, mas estão dizendo que as facções estavam se unindo contra o GDE depois do que houve sábado. Mas aqui nunca tinha acontecido brigas desse jeito”, diz outra familiar de preso.
“O PCC e o GDE eram aliados, mas estão dizendo que as facções estavam se unindo contra o GDE depois do que houve sábado. Mas aqui nunca tinha acontecido brigas desse jeito”, diz outra familiar de preso.
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