20 de janeiro de 2020 foi o dia escolhido para
dar início a expedição de 10 dias no arquipélago de Fernando de Noronha,
juntamente com minha esposa Nânny.
Embarcamos em Guarulhos e fizemos conexão em
Recife. Turistas chegam à Ilha apenas de avião, que têm vôos a partir das
capitais Natal-RN e Recife-PE.
Nos primeiros dias, interagimos em tempo real
com os internautas do Facebook e do WhatsApp, postamos fotos/vídeos da viagem, expedição
e até mesmo sugerimos dicas dos mais variados pontos turísticos da ilha, órgãos
públicos, economia local e sobre a principal fonte de renda da mesma, que é a
prestação de serviços aos turistas.
Falamos com turistas, agentes públicos,
comerciantes, trabalhadores, políticos e nativos; de modo a conhecer e entender
a dinâmica do arquipélago.
Demorei a compreender porque tudo na Ilha é tão
caro e equacionar a relação custo x benefício que diga-se de passagem, ficou a
desejar por parte do governo de Pernambuco.
A ilha é administrada (equivalente prefeitura)
por um agente nomeado pelo Governador e um Conselho Distrital eleito pelo povo
(espécie de Câmara Municipal), que discute e trata dos interesses locais.
O custo de vida alto é porque tudo se importa
do continente e nada se produz na Ilha. Podemos mencionar alguns preços dos comerciantes
de rua, (pois nas praias são mais caros ainda);
Pizzas em torno de R$ 130, almoço R$ 70,
coxinha R$ 18, duas bolas de sorvete R$ 25, gasolina R$ 7.20 o litro, (só há um
posto na ilha), um litro de água R$ 7.00, taxa de permanência R$ 76 o dia,
(obrigatório e principal fonte de arrecadação da ilha), entrar em 4 praias R$
111.00 (taxa que vai para o ICMBio-União e é válido por 10 dias de visitação).
Sim, há 4 praias pagas enquanto as demais são gratuitas. As hospedagens vão de R$
300 até R$ 3.500 a diária, passeios de barco de R$ 200 a R$ 400, mergulho R$ 600,
locação de moto R$ 150, buggy de R$ 150 até R$ 300, Ilha Tur R$ 250. Mercadorias
são fretadas de barcos e ficam entre 2 dias e meio a 3 dias e meio no mar.
Visitamos os principais pontos turísticos quais
sejam; as praias do Americano, Boldró e mirante do Boldró, Meio, Cachorro, Conceição, Cacimba do Padre, Porto,
Buraco da Raquel, Museu dos tubarões e a Igrejinha Católica do Porto. Dos locais
públicos visitamos; Administração da Ilha, e falamos com o Gestor da ilha, Sr.
Givanilson, Capela de São Pedro dos Pescadores, Museu Américo Vespúcio, o
Forte, trilha do Jd. Elisabeth, Compesa - cia de saneamento hídrico, Stand da
Celpe onde recebemos uma palestra e assistimos vídeo com óculos virtual sobre a
tecnologia de energia fotovoltaica, destacamento de polícia militar, delegacia
de Polícia civil, posto da Polícia Federal, Fórum e Casa do Advogado, Casa da
justiça, Biblioteca distrital e pública, Conselho tutelar, Câmera distrital,
Posto turístico, ICMBio, Projeto Tamar, Hotel de Trânsito dos agentes públicos
da ilha, Centro de Geração e renda, superintendência do meio ambiente. A sede
das afiliadas das tv’s globo e cultura, aeroporto, cemitério, entre outros.
Segundo alguns nativos, em três dias é possível
conhecer toda ilha que tem 26 km² mas apenas 30% é aberto à visitação. Ficamos
10 dias e após o quinto dia, já estávamos repetindo os locais e passeios.
Ficamos nas praças Flamboyant e Baía dos
Porcos, fomos no mercadinho Barracão da Bebida, comemos no Restaurante do tio
João, na quentinha da Marcela e no Restaurante da Mãezinha, entre outros.
No Arquipélago a estrutura hospitalar é apenas
para os primeiros atendimentos, não se realiza qualquer procedimento cirúrgico,
(todos são encaminhados para Recife), assim como não há cadeia, e quando há
prisão, todos vão para Recife. Andamos de buggy, gravamos aproximadamente uns 120
vídeos e postamos no Facebook.
O melhor período do ano para aproveitar o mar é de março a novembro. Ou seja, fomos em tempo de maré alta, até presenciamos e filmamos uma ocorrência de afogamento que terminou bem.
O melhor período do ano para aproveitar o mar é de março a novembro. Ou seja, fomos em tempo de maré alta, até presenciamos e filmamos uma ocorrência de afogamento que terminou bem.
Como turistas atentos, mas não profissionais
tecemos críticas, pois não há bebedouro público em toda ilha, e a água da
torneira os nativos dizem não ser adequada para o consumo, logo você precisa
comprar água, (pagamento somente em dinheiro).
Há ruas extremamente esburacadas e dizem (uma
moradora e funcionária da administração), que o Iphan não autoriza qualquer
intervenção pois é um patrimônio tombado.
Em visita ao sanitário público do Porto, não
estava limpo e não havia água nas torneiras.
A Rede bancária é formada pelas agências do
Bradesco, Santander e lotérica conveniada com a Caixa.
O único meio de transporte público é ônibus circular
e cobre as duas extremidades da Ilha, do Porto à praia do Sueste e custa $
5.00, é possível conhecer boa parte da ilha de ônibus. Também é possível na
frota de táxi que tem ar refrigerado e atendem por telefone.
E para finalizar, lhes digo; não vi nada de
excepcional pela distância, custo e pela fama que ostenta o lugar. Acredito que
as praias do litoral paulista não ficam devendo em nada ao arquipélago de
Fernando de Noronha a não ser pelas espécies marinhas, ainda assim, recomendo a
todos, pois passear é sempre bom, mas levem dinheiro ou cartão pois tudo é absurdamente
caro.
D.
Ribeiro, Turista, Jornalista e Advogado Criminalista
www.dribeiroassessoria.com.br
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