Júri condena homem que matou para ficar no
anonimato.
Temendo
que o parceiro desse publicidade nas redes sociais ao relacionamento
homoafetivo, o acusado o matou com 30 facadas.
A
1ª câmara de Direito Criminal do TJ/SP manteve decisão de júri que condenou a
10 anos e 5 meses de reclusão, em regime fechado, acusado de matar companheiro.
O homem mantinha relação homoafetiva com a vítima e temia pela publicidade do
relacionamento, motivo pelo qual assassinou o companheiro.
Consta
nos autos que a vítima e o acusado mantinham relacionamento homoafetivo à época
dos fatos. Temendo que o parceiro desse publicidade nas redes sociais ao
envolvimento, o acusado foi à residência do companheiro e o matou com 30
facadas.
Após
o crime, pegou o tablet e o celular da vítima, que continham fotos do casal, e
os descartou em rio e bueiro. Depois de três dias os vizinhos sentiram forte
odor vindo da casa e acionaram a polícia, que encontrou o corpo da vítima.
O
acusado apelou pretendendo a redução da condenação, argumentando que a alegada
frieza e fatos posteriores ao delito não maculam a personalidade do agente,
pois confessou a prática delitiva e auxiliou nas investigações.
O
relator, desembargador Diniz Fernando, ressaltou que o número de facadas se
traduz no sofrimento maior da vítima, considerando a dor, a angústia, o desespero.
"Ademais,
o réu mantinha relacionamento íntimo com a vítima, aproveitando-se da confiança
que esta tinha nele para conseguir ingressar na residência para praticar o
homicídio".
O
magistrado ainda ressaltou que o acusado, em seu interrogatório, foi específico
ao referir que aguardou a morte da vítima para retirar a chave da residência de
seu bolso, "demonstrando extrema frieza".
Assim,
negou provimento ao recurso do acusado e manteve a condenação.
Processo:
0005090-54.2014.8.26.0048
D. Ribeiro é Advogado Criminal na Capital - SP -
Brasil
Comentários
Além disso, enquanto lia o texto, pensando de outro ponto de vista, refletia também sobre o quanto os meios de comunicação em geral tem sido utilizados como fonte de manipulação.
Esse texto trouxe ótimas questões a serem levantadas na atualidade!
Parabéns Dr. Abrç!
Ingrid