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ONU aponta dificuldade do Brasil em lidar com corrupção


Documento apresentado esta semana durante a 32ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), em Genebra, apontou preocupação com a capacidade do Brasil em lidar com atos de corrupção do setor privado e sua influência em campanhas eleitorais e na formulação de políticas públicas.


“O grupo de trabalho observou preocupações sobre a indevida influência empresarial sobre os processos de regulação e de formulação de políticas e a capacidade do governo para supervisionar as operações de negócios que podem, em alguns casos, ser afetada por processos de financiamento políticos e lobby corporativo”, diz o texto da ONU.

O documento ressalta que “tais percepções foram exacerbadas por uma série de escândalos de corrupção envolvendo grandes empresas e políticos”. A reunião do Conselho de Direitos Humanos ocorre entre os dias 13 de junho e 1º de julho.

Governo brasileiro

Durante a sessão de apresentação, a embaixadora do Brasil na ONU, Regina Dunlop, rebateu as críticas do relatório ao país. Para a diplomata, o documento transmite “a ideia errada de que o Brasil é resistente ou incapaz de lidar com escândalos de corrupção”.

“Basta ler as notícias para concluir o contrário, que as nossas instituições fortes e democráticas estão realizando combate perfil forte e alta contra a corrupção em nosso país”, argumentou.


“O governo brasileiro sublinha que as instituições democráticas competentes, incluindo promotores federais independentes e juízes, desenvolvem normalmente as suas atividades, investigando e, posteriormente, punindo culpados, inclusive levando em consideração a legislação anticorrupção que torna as empresas estritamente responsáveis pelos atos de corrupção de seus funcionários e introduz multas de até 20% da receita bruta do ano anterior, ou a suspensão ou dissolução de uma empresa”, acrescentou a embaixadora. 

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